Viajar para o exterior é, com certeza, uma aventura inesquecível, mas é preciso se utilizar de algumas dicas práticas que podem facilitar bastante a vida durante a viagem.
O primeiro conselho, e mais importante ponto a considerar é a documentação e o preparo legal antes da viagem:
Certifique-se de que passaporte e visto estão válidos e adequados para o destino.
Leve cópias digitais e físicas de documentos importantes: passaporte, seguro, reservas, comprovante de vacinação (dependendo de para onde você vai), etc. E lembre-se: o seguro-viagem é essencial, pois cobre despesas médicas, extravio de bagagem e outros imprevistos.
Dinheiro
Leve um pouco de moeda local para os primeiros gastos (táxi, metrô, alimentação, etc.); cartões habilitados para uso internacional e, se possível, um cartão pré-pago (como Wise ou Nomad). Também será necessário avisar o banco que fará transações no exterior para evitar bloqueios.
Celular, carregadores, baterias e aplicativos
Você vai precisar de um chip internacional (eSIM), ideal para quem quer já sair do Brasil conectado, ou terá que comprar um chip local ao chegar (ex: Airalo, Yesim, Holafly). Verifique se o celular é desbloqueado para aceitar chips internacionais ou locais.
Aplicativos como Google Maps (modo offline), Tradutores (Google Tradutor com idioma offline), App de transporte local (Uber, Bolt, Moovit, etc.), e um conversor de moeda (como XE Currency) vão lhe ser muito úteis.
E, lembre-se: ativar o roaming internacional pode sair caro. Ficar sem bateria ou sem poder conectar o celular pode ser um grande transtorno, portanto, lembre-se de levar o carregador de celular.
Leve carregadores extras (principalmente o do celular).
Uma power bank (bateria portátil) é altamente recomendada — e deve ir sempre na bagagem de mão (não pode despachar).
Se for usar muitos dispositivos, pode ser útil levar uma réplica de tomada (extensão com várias entradas), com apenas 1 adaptador na ponta.
Baixe apps como WiFi Map ou Instabridge, que mostram redes Wi-Fi públicas disponíveis.
Habilite modo avião com Wi-Fi ligado quando não for usar dados móveis — ajuda a economizar bateria e evitar cobranças surpresa.
Ative autenticação de dois fatores (2FA) para e-mails e redes sociais, pois logins de IPs estrangeiros podem gerar bloqueios.
Tenha sempre endereços e contatos anotados (principalmente os da hospedagem).
Se for usar transporte público, pesquise aplicativos e cartões de transporte local.
Se for alugar carro, verificar validação da CNH no país (em alguns, precisa da PID — Permissão Internacional para Dirigir).
Tomadas
Verifique o tipo de tomada do país de destino (há pelo menos 15 padrões diferentes no mundo!).
Leve um adaptador de tomada universal — é leve, barato e resolve 90% dos casos.
Confira a voltagem (110V, 220V ou bivolt) do destino e dos dispositivos.
A maioria dos carregadores de celular, notebook e câmeras são bivolt (100–240V), mas é bom confirmar na etiqueta.
Comunicação e segurança
Aprenda algumas frases básicas no idioma local (bom dia, obrigado, quanto custa, onde fica…), alguns costumes e leis locais — o que pode ser comum aqui, pode ser ofensivo ou proibido em outro país.
Pesquise sobre gorjetas, vestimenta e etiqueta local.
Anote números de emergência locais, embaixada ou consulado brasileiro.
Compartilhe o roteiro da viagem com alguém de confiança.
Evite ostentar objetos de valor em locais públicos.
Alimentos, plantas e animais de estimação
As regras para entrada de alimentos, plantas e animais variam muito de país para país, e ignorá-las pode causar multas ou apreensão na alfândega.
Em geral, alimentos industrializados e lacrados têm mais chance de serem permitidos. Mas ainda assim, é preciso atenção:
São Geralmente Permitidos:
- Snacks industrializados (barras de cereal, biscoitos, chocolates)
- Café em pó, chá em sachê (lacrados)
- Alimentos desidratados (em embalagem original)
- Temperos industrializados
São Geralmente Proibidos ou Restritos:
- Frutas, legumes, carnes, queijos e laticínios frescos
- Alimentos caseiros (pães, doces, feijão cozido, etc.)
- Embutidos (salame, presunto cru, etc.)
Países como EUA, Canadá, Austrália e Japão são extremamente rigorosos — até mesmo uma maçã pode ser barrada. É ideal declarar o que está levando, mesmo o que é permitido.
Plantas e sementes
Na maioria dos casos, plantas vivas, sementes, bulbos e mudas são proibidos ou exige autorização, pois podem transmitir pragas e doenças.
Alguns países exigem certificado fitossanitário internacional emitido por órgãos como o MAPA (Ministério da Agricultura no Brasil).
Mesmo ervas secas (como chá de camomila ou erva-doce) podem ser barradas se não forem industrializadas e bem identificadas.
Pets
É possível, mas exige muita preparação.
Exigências comuns:
- Microchip de identificação (em muitos países, obrigatório)
- Vacinação atualizada (principalmente contra raiva)
- Exames específicos (como sorologia da raiva, exigida por UE e Japão)
- Certificado veterinário internacional (CVI) emitido por veterinário credenciado e aprovado pelo MAPA
- Quarentena em alguns casos (Austrália, por exemplo, exige)
Cias aéreas e países têm regras específicas, e pode levar meses para organizar tudo corretamente.
Verifique as regras específicas do país de destino (site da embaixada ou consulado)
O site do MAPA (gov.br/agricultura) — tem guias detalhados sobre exportação de alimentos, plantas e animais.
O que levar
Organize um guarda-roupa que se adapte a diferentes temperaturas — especialmente se for viajar para um lugar com estações bem definidas — planejamento, peças versáteis e organização inteligente se fazem necessários.
Priorize um guarda-roupa em camadas, peças de roupas sobrepostas para se adaptar ao clima sem precisar levar um monte de peças pesadas. A estrutura ideal é:
1ª camada: base
- Camisetas de algodão ou dry fit
- Blusas térmicas (para o frio)
- Leggings ou meias-calças (usadas por baixo)
2ª camada: intermediária
- Camisas, suéteres leves, blusas de manga comprida
- Casacos finos ou cardigans
- Calças jeans ou de sarja
🔹 3ª camada: proteção
- Jaqueta corta-vento ou impermeável
- Casaco de frio pesado (puffer, lã, parka)
- Cachecol, gorro e luvas (se for inverno rigoroso)
Monte uma mini cápsula com 10–15 peças que combinem entre si e cubram diferentes temperaturas, como:
- 2 camisetas básicas
- 2 blusas de manga longa
- 1 camisa de botão
- 1 suéter
- 1 jaqueta leve
- 1 casaco quente dobrável
- 2 calças (jeans e legging)
- 1 short ou bermuda
- 1 vestido ou peça mais formal
- Acessórios: lenço, cachecol, gorro, luvas
Prefira tecidos fáceis de lavar e secar. Se for ficar fora um longo período de tempo, um vaporizador (steamer) ajuda muito a manter as roupas com boa aparência sem ferro.
Dê preferência a peças versáteis e cores neutras (preto, cinza, bege, branco, azul-marinho) combinam entre si e servem para qualquer estação.
- Tecidos como lã merino e fleece aquecem bem e ocupam pouco espaço.
- Linho e algodão leve são ideais para calor.
- Tecidos sintéticos impermeáveis são bons para chuva e frio.
Medicamentos
Não se esqueça de levar uma farmacinha básica, principalmente se toma remédios específicos.
Leve a receita médica (preferencialmente em inglês) para medicamentos controlados ou que contenham substâncias específicas, leve uma receita assinada pelo seu médico, com o nome genérico do remédio e o motivo do uso.
Mantenha os remédios nas embalagens originais - Isso ajuda na identificação durante inspeções alfandegárias e evita confusão com substâncias proibidas.
Pesquise a legislação do país de destino - Alguns medicamentos comuns no Brasil são proibidos ou controlados em outros países (ex: remédios para TDAH, tarja preta, ansiolíticos). Consulte o site da embaixada ou da agência de saúde do país para evitar problemas.
Leve somente a quantidade necessária para a viagem. Quantidades maiores podem levantar suspeitas.
Prefira levá-los na bagagem de mão para garantir o acesso aos seus medicamentos durante o voo e evitar perdas ou danos.
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