Durante séculos, as pessoas não compreendiam bem como as doenças eram transmitidas. A teoria dos germes (a ideia de que micro-organismos causam doenças) só foi desenvolvida no século XIX, com cientistas como Louis Pasteur e Robert Koch. Antes disso, acreditava-se que doenças vinham de “miasmas” (ares ruins), e a higiene pessoal precária, principalmente entre as camadas mais pobres.
Na Inglaterra vitoriana (século XIX), com o avanço da ciência e a urbanização acelerada, começaram a surgir campanhas de saúde pública. Foi nesse período que se consolidou a ideia de que lavar alimentos, mãos e utensílios poderia prevenir doenças — especialmente após surtos de cólera e tifo associados à água e comida contaminadas.
Portanto, lavar frutas e vegetais tornou-se uma prática mais comum e incentivada como parte de um esforço maior por higiene; foi mais um dos resultados do progresso científico e das políticas de saúde pública da época.
Verdade seja dita, a higiene corporal é fundamental para manter a saúde em dia. Ela ajuda a prevenir uma série de doenças, infecções e até problemas emocionais.
Lavar as mãos, tomar banho regularmente, escovar os dentes e manter as unhas limpas evitam a proliferação de vírus, bactérias e fungos que podem causar desde gripes e resfriados até doenças mais graves como infecções intestinais, dermatites e micoses.
A escovação correta dos dentes e o uso do fio dental evitam cáries, gengivites e até problemas no coração, já que algumas bactérias bucais podem entrar na corrente sanguínea e afetar o organismo.
Manter o corpo limpo melhora a autoestima, ajuda na socialização e reduz o risco de constrangimentos, como mau cheiro ou aparência descuidada, o que também tem impacto positivo na saúde mental.
A higiene ajuda a remover sujeira, suor e células mortas, evitando obstruções nos poros, acne e infecções cutâneas. O uso adequado de sabonetes e a hidratação também contribuem para uma pele saudável.
Além disso, lavar bem frutas, verduras, manter unhas curtas e tomar banho diário reduz o risco de contaminação por parasitas como piolhos, vermes e pulgas.
Nossa flora corporal, nossa pele e mucosas, têm microrganismos benéficos. A higiene adequada (sem exageros) ajuda a manter esse equilíbrio, essencial para a defesa natural do corpo.
Usar os produtos certos, também, ajuda bastante a manter a higiene corporal de forma eficaz e segura. Abaixo estão os principais tipos de produtos indicados para manter a higiene em ordem, divididos por função:
- Sabonete (líquido ou em barra): limpa e remove impurezas. Prefira os neutros ou com pH balanceado, principalmente para peles sensíveis.
- Shampoo e condicionador: limpam e cuidam dos cabelos e couro cabeludo. Escolha conforme o seu tipo de cabelo (oleoso, seco, com caspa etc.).
- Desodorante ou antitranspirante: controla o suor e o odor. Use produtos sem álcool se tiver pele sensível.
- Hidratante corporal: previne o ressecamento e protege a barreira natural da pele.
Para a higiene bucal
- Creme dental com flúor: protege contra cáries e fortalece o esmalte dos dentes.
- Escova de dentes (macia): troque a cada 3 meses.
- Fio dental: remove resíduos entre os dentes onde a escova não alcança.
- Enxaguante bucal: complementa a limpeza, mas escolha os que não contêm álcool.
Para as mãos e unhas
- Sabonete líquido ou em barra: essencial para lavar as mãos antes de comer ou ao chegar da rua.
- Álcool em gel 70%: ideal quando não é possível lavar as mãos.
- Cortador ou tesoura de unhas: mantenha as unhas sempre limpas e curtas.
Outros produtos úteis
- Lenços umedecidos (sem álcool): práticos para emergências ou higiene de bebês.
- Escova ou esponja de banho: ajudam na esfoliação suave da pele.
- Protetor solar: essencial para proteger a pele dos raios UV, mesmo em dias nublados.
O ideal é escolher produtos de boa qualidade, adequados ao seu tipo de pele e cabelo, e evitar excessos, que podem desequilibrar a flora natural do corpo.
Evitar certos ingredientes químicos nos produtos de higiene pessoal é importante para prevenir alergias, irritações, ressecamento da pele e até possíveis riscos a longo prazo. Abaixo estão os principais compostos químicos aos quais você deve ficar atento ao ler os rótulos:
1. Parabenos (methylparaben, propylparaben, etc.) - São conservantes que podem interferir nos hormônios (disruptores endócrinos). Aparecem em shampoos, cremes, desodorantes e loções corporais.
2. Sulfatos (Sodium Lauryl Sulfate – SLS / Sodium Laureth Sulfate – SLES) - Podem ressecar e irritar a pele e o couro cabeludo. Estão nos shampoos, sabonetes e cremes dentais.
3. Ftalatos (phthalates, DEP, DBP, DEHP) - são suspeitos de afetar o sistema hormonal e a fertilidade. Estão nos perfumes, desodorantes, esmaltes e produtos com fragrância sintética.
4. Triclosan - É um agente antibacteriano ligado à resistência bacteriana e desequilíbrio da flora da pele. Está nos sabonetes “antibacterianos”, cremes dentais e enxaguantes bucais.
5. Fragrâncias sintéticas (parfum, fragrance) - Podem causar alergias e reações na pele sensível, e muitas vezes escondem uma mistura de substâncias químicas não especificadas. Estão em quase todos os produtos com cheiro artificial.
6. Alumínio (aluminum chlorohydrate, aluminum zirconium) - há debates sobre possíveis ligações com problemas hormonais. Está nos desodorantes antitranspirantes.
7. Formaldeído (e liberadores como DMDM Hydantoin, Imidazolidinyl urea) - Conservante nos shampoos, esmaltes, loções - considerado cancerígeno e irritante.
- Sempre que possível, opte por produtos naturais ou orgânicos, com selos como “livre de parabenos”, “sem sulfatos” ou “hipoalergênico” e dermatologicamente testados.
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