Com certeza você se lembra das brincadeiras de nossa infância: subíamos em árvores, brincávamos na rua, pega-pega, mãe-da-rua, queimada, ... éramos livres, e o perigo morava longe.
Bem, não sei se notaram, mas os tempos mudaram! Pais e mães responsáveis de repente perceberam a necessidade de criar formas de manter os filhos entretidos e, sobretudo, seguros: muitos recorreram aos programas televisivos, nem sempre apropriados às idades das crianças. Surgiu, assim, uma geração que passava muito tempo em casa, em frente à TV, incialmente, e depois, em frente às telinhas de celulares.
Pais e mães preocupados em prover as necessidades da família passaram a oferecer mais e mais brinquedos que, inicialmente, pareciam valiosos, pois caros sabemos que eram, mas que depois de algumas poucas semanas ficavam largados num canto da sala, do quarto, ou, pior ainda, dentro de caixas coletando poeira.
Pouco ou nada parece ter mudado nestes anos mais recentes. Nada disso parece preencher a lacuna que ficou com as crianças em casa sem atividades criativas, uma situação preocupante: é claro que a qualidade da interação humana e o ambiente ao redor, e não necessariamente objetos ou brinquedos sofisticados, podem desenvolver uma criança de forma saudável. A presença atenta e amorosa de um adulto é o fator mais determinante.
Crianças aprendem muito observando e interagindo com os adultos e outras crianças. Pais, cuidadores e irmãos que conversam, contam histórias trabalham a imaginação e o vocabulário, inventam personagens que cantam e brincam com a criança são os maiores "brinquedos educativos" que ela pode ter.
Mesmo com poucos recursos, brincadeiras simples e criativas ajudam a criança a explorar o mundo de forma lúdica: falar com o bebê desde cedo estimula a linguagem e o vínculo afetivo; músicas com gestos coordenados desenvolvem memória, ritmo e coordenação motora; brincar de casinha, com panelas de verdade ou de brinquedo, caixas de papelão, pedras, folhas, conchinhas do mar, areia ou tampinhas para criar jogos ou contar histórias; pular corda, correr, fazer bolhas de sabão, desenhar com carvão ou barro, brincar de roda, esconde-esconde ou pega-pega, estimulam o corpo e a socialização, ajudam as crianças a expressarem seus sentimentos, aprenderem a lidar com frustrações e desenvolverem empatia.
Entretanto, caso haja ausência de estímulo e interação, negligência ou isolamento o seu desenvolvimento pode ser seriamente afetado. Brinquedos educativos sempre estiveram ao alcance, mas nunca foram tão bem desenvolvidos como recentemente. Eles exercem uma influência muito positiva e significativa no desenvolvimento das crianças; vão além da simples diversão vazia: eles estimulam habilidades cognitivas, motoras, emocionais e sociais. São idealizados e desenvolvidos por pedagogos e especialistas em educação, o que garante que os conteúdos estejam de acordo com os objetivos educacionais, sejam adequados à faixa etária e estejam alinhados com as diretrizes curriculares.
Entretanto, por desconhecimento ou descuido não têm sido explorados devidamente. Blocos de montar, quebra-cabeças e jogos de lógica promovem o raciocínio lógico e a criatividade, ajudam a desenvolver o pensamento crítico, resolver problemas, desenvolver a concentração e a memória.
Brinquedos que focam em agilidades motoras, movimentos finos como encaixar peças ou desenhar, livros de colorir, fortalecem a coordenação motora fina, essencial para escrever, cortar com tesoura, abotoar roupas etc. Já as bicicletas ou jogos ao ar livre, ajudam na coordenação motora grossa.
Brinquedos que envolvem letras, números, histórias e músicas ajudam na ampliação do vocabulário, na formação de frases, na compreensão de conceitos abstratos, na apreciação musical. Fantoches, jogos de faz-de-conta e livros infantis também fazem a sua parte.
Jogos cooperativos e brinquedos que envolvem múltiplos participantes facilitam a socialização, ensinam a dividir, esperar a vez, seguir regras e resolver conflitos — competências sociais fundamentais para a vida em grupo.
Ao superar os desafios propostos pelos brinquedos, como montar um quebra-cabeça ou completar um jogo, a criança se sente capaz, recompensada e sua autoestima e independência saem premiadas.
Brinquedos para crianças de 0 a 1 ano de idade - Estimulam os sentidos e os movimentos básicos. Desenvolvem a coordenação motora, a percepção visual e auditiva, e a noção de causa e efeito.
- Móbiles coloridos e musicais
- Chocalhos e mordedores
- Tapetes de atividades (com espelhos, texturas e sons)
- Cubos macios com figuras
- Brinquedos de empilhar grandes e leves
Brinquedos para crianças de 1 a 3 anos (primeira infância) - Exploram o mundo, ajudam a desenvolver a linguagem e habilidades motoras. Desenvolvem a coordenação motora fina, a linguagem e a criatividade.
- Blocos de montar grandes (tipo LEGO Duplo)
- Livros com sons, texturas e figuras
- Brinquedos de encaixar e empilhar
- Brinquedos de empurrar/puxar
- Massinhas e brinquedos de modelar (supervisionado)
Brinquedos para crianças de 3 a 5 anos (pré-escolar) – Estimulam a imaginação, a criatividade, o faz de conta, a resolução de problemas simples, a socialização, a expressão emocional e o início do pensamento lógico.
- Quebra-cabeças simples
- Fantasias e fantoches
- Casinhas, mercadinhos, cozinhas de brinquedo
- Jogos de memória e dominó infantil
- Lousas, tintas, pincéis e giz de cera
Brinquedos para crianças de 6 a 8 anos (fase escolar inicial) - Desenvolvem o raciocínio lógico, , estratégico, a concentração, o respeito às regras, a leitura e regras sociais.
- Jogos de tabuleiro (como “Cara a Cara” ou “Jogo da Vida”)
- Kits de experiências científicas ou montagem
- Brinquedos de construção mais complexos (tipo LEGO clássico)
- Livros com histórias mais longas
- Quebra-cabeças com mais peças
Brinquedos para crianças de 9 a 12 anos - Estimulam o pensamento crítico, a autonomia, a resolução de problemas mais complexos, a persistência, habilidades técnicas e interesse por hobbies.
- Jogos de lógica (xadrez, sudoku, desafios matemáticos)
- Kits de robótica ou eletrônica
- Modelos de montar (aviões, carros, etc.)
- Livros interativos e coleções
- Instrumentos musicais infantis
Além disso, atividades como desenhar com o dedo na terra, empilhar latinhas, enrolar barbante ou rasgar papel desenvolvem habilidades manuais e cognitivas tão bem quanto brinquedos comprados.
Um ambiente afetuoso e acolhedor compensa muitas faltas materiais. Uma criança que se sente segura, amada e ouvida tem mais liberdade para explorar, errar e aprender com o mundo.
Clique nos links abaixo para conhecer jogos educativos, inteligentes e organizados de acordo com a faixa etária de seus filhos!
“Este post contém links afiliados. Isso significa que posso receber uma comissão se você comprar através deles, sem custo extra para você.”